terça-feira, 17 de novembro de 2009

ENSAIO SOBRE O TEMPO

O Tempo. Essa é questão que, não sei há quanto TEMPO, se filosofa a respeito, canta-se e faz-se poesias ao seu entorno. Bom, também eu, tirei um “tempinho” para falar sobre ele...
Primeiramente, informo ao meu leitor que não pretendo discorrer sobre o tempo etéreo na abstração vaga de uma idéia de linearidade que nos contenha em si; nem qualquer coisa neste sentido. Não tenho tempo para isso. Penso que esta seja uma discussão anacrônica. Hoje, o que interessa discutir é o tempo enquanto experiência. Venha.
Uma das experiências mais tristes que o ser humano faz é a de olhar para o seu momento presente e perceber que ele se formou sobre um passado vazio das experiências que se poderia ter feito com as pessoas que se ama e as oportunidades que se teve; e, tudo por que se acreditou que era possível adiar as nossas iniciativas para fazê-lo. É como o caso de um técnico esportivo que deixasse o jogo na defensiva, para armar um ataque estratégico no segundo tempo da partida sem, contudo, dar-se conta de que, na verdade, já está no último minuto do jogo!
O que houve com um pai que vê seus filhos grandes, casados, formados e, pensa consigo mesmo, “quando isso tudo aconteceu?”, um pai ou uma mãe, que esteve todos esses anos sob o mesmo teto e, ainda assim, pasma diante da realidade que se apresenta a ele como se ela tivesse aterrissado de para quedas nos seus quarenta e tantos anos?
O que houve, ainda, com um filho que olha seus pais idosos e tem a impressão de lhe serem estranhos estes, seus genitores?
Essas questões, extremas, ainda que terríveis, acontecem com muita freqüência, embora se passem no silêncio das íntimas reflexões, dores e remorsos.
O que houve nesses casos e, que acontece em tantas famílias e comunidades, para serem compreendidas, evocam de nós um sentido próprio de tempo. No caso que apresentei foi muito tempo corrido, mas, as experiências que fizeram cada pessoa umas em relação às outras de se abrirem, mutuamente, às suas respectivas realidades, sensibilidades, fraquezas e virtudes, praticamente, não existiu.
Não é o tempo que guarda nossas experiências; é aquilo que vivemos - os momentos - que têm uma medida própria de temporalidade e, pela sua intensidade, verdade e, sobretudo, como estão ligados aos nossos afetos e compreensões, que fazem, a si, durarem uma efemeridade ou um marco perene constitutivo de valores. Por isso, é que, se na família, não permitirmos que nos conheçam e nem nos empenharmos em conhecer uns aos outros, não elaboraremos laços emocionais uns com os outros. E são, exatamente, esses laços que desejo apresentar como tempo, de fato.
Quanto mais firmes são tais ligações mais tempo elas significam. A força que têm não está vinculada ao número de horas que tenha durado o seu processo de estabelecimento, mas, à profundidade com que se permitiu que o outro nos acompanhasse naquilo que de fato somos, e vice e versa.
Disse isso para caminhar à conclusão de que o tempo, efetivamente, é afetivo.
Dito isto, o que desejo falar-lhe, agora, é que faça, desde hoje, a desafiadora tarefa de dar-se ao outro e, a abri-se para receber, em sua vida, as demais pessoas, sem preconceitos, sem arrogância, sem deixar para mais tarde. O amanhã poucas vezes tem a sorte de trazer consigo as circunstâncias pretéritas que criamos não haverem passar. E quando finalmente nos damos conta de onde estamos é que paramos para pensar em como chegamos ali, quando deveríamos fazer isso mesmo antes de iniciarmos qualquer percurso na vida, para, entre tantos, termos nos planejado para a melhor estrada. Geralmente fazemos o caminho mais curto, que é o mais superficial, nesse assunto de vida e coisas que, de fato, valem apena. Os bons são os caminhos longos, não porque se tenha caminhado mais, mas por que, no sentido aqui abordado, empreendeu-se a construção de mais tempo.
Ninguém sabe quando morrerá, mas todos morrerão e cada um terá vivido a sua própria quantidade de horas nesse mundo. Essas horas serão exatas. No entanto, o tempo de vida que cada um terá dependerá de como encarou a vida e de como se relacionou com ela a partir das pessoas com as quais conviveu. Por isso, seja gentil com as pessoas, amável, crie laços e não se isole, jamais. As pessoas são os maiores valores com os quais lidamos na terra, são o que devem realmente ser objeto de nossa atenção, esforço e dedicação. O restante, de certa forma, é perda de tempo se estiver desarraigado desta baliza do ser.
Não se iluda, acreditando que tudo permanecerá como está. As coisas mudaram. Pessoas passaram. E oportunidades presentes perderam seu espaço por que as circunstâncias que lhe formam se reconfiguraram. Por tanto, o que tens que fazer, FAÇA AGORA.

Espero, com esse texto, ter tomado, em sua vida, mais tempo que os minutos que você levou para Lê-lo.


Felicidades!!!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

TEU OLHAR ME INCENDEIA

Teu olhar me incendeia
De amor generoso
De perdão gratuito .
Teu toque me excita a intensidade virtuosa
Tua ciência me desnuda plenamente .
Sou-te translúcido. Nem te sou rubro.
Sou a mim, que não me conheço.
Minhas defesas me fazem bobo.
Minhas desculpas, um tolo.
Sou nu para ti, completo e sempre.
Teu sopro suave sobre minha Derme
Arrepia minhas aspirações
Eriçados os sonhos . Os bons.
Tua simplicidade humilha minha pompa
E me ensina. Derruba. Acorda. Põe-me em desacordo.
O silêncio teu faz os meus ruídos serem insuportáveis.
Depois eles fogem. Então aquele silêncio, que eu quis praguejar...
Me conforta , suporta meu peso, me cabe inteiro, me guarda. Protege.
Teu olhar me incendeia. Me conforta as veias com seiva de amor.

HUMANIDADE ABANDONADA

O homem se abandonou. A humanidade abandonou a si mesma. Hoje as pessoas estão lançadas à sorte dos sistemas. Elas sofrem severamente as conseqüências deste fato, corporificadas na sua destruição, moral, física e social. E esta condição deve levar o homem a níveis ainda mais degradados de sua humanidade.

Vê-se o abandono moral. Hoje não existe uma preocupação razoável das pessoas com a fidelidade aos seus valores. Passa-se por cima deles para satisfez interesses imediatos e mesquinhos. Mente-se, fura-se filas, dá-se “um jeitinho”, sempre inescrupuloso se isso significar tirar vantagem. E uma vez que acontece isso com quem teve um direcionamento ético, o que dizer de quem não o teve? O vício é normal. Assim, pelo exemplo, também as gerações vindouras tendem a uma realidade ainda pior, uma vez que o homem é um ser cultural, um produto do meio. Este é um dos frutos de um sistema que conduz o indivíduo a ao pensamento egoísta, o capitalismo, é a ‘lei do mais esperto’.

As pessoas não se alimentam bem, as refeições são ao estilo da pressa, reféns dos microondas, e das gorduras saturadas, para os pobres, da falta de higiene dos refeitórios a céu aberto. As noites enchem as camas de corpos estressados e sonos inquietos. As relações entre as pessoas se resumem a cumprimentos e prestações de contas. Essas e outras circunstâncias estão destruindo a saúde física, mental e emocional de seus atores. E quanto a isso é visto um recuamento à mínima postura reacionária a essas condições, que adoecem as pessoas. O homem se abandonou fisicamente.

A tempo das pessoas nutre o sistema e às adoece.
Esta doença é também social. Ela é claramente vista na inanição das crianças africanas, nos corpos mutilados, a preço de petróleo no Oriente Médio , nos pedintes, mendigos e moradores de rua de nossos bairros. Estas indesejáveis e desconfortáveis situações denunciam o a míngua da caridade, da fraternidade, a inoperância dos governos em políticas de fomento da equidade social. E neste sentido é como comunidade humana que, outra vez, o homem se colocou de lado.

Frente ao exposto é evidente que o sistema global de acumulo de capital, e sua intensificação, fazem surgir no mundo circunstâncias que submetem e denigrem as pessoas em relevantes aspectos de suas vidas. Igualmente, nota-se que a apatia destas frente à dinâmica global intensifica o seu fenecimento. Nestas circunstâncias deve o homem mudar a sua postura e buscar interferir no sistema econômico e político tornando-o mais útil ao bem de todos. Bem como ter mais zelo na manutenção do bem moral, físico e social.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

M de Maria - série cordel

Todos os dias Antônio fazia sua oração. Joelhos no chão, coração também. Era humilde como ninguém, João, o irmão que acompanhava Antônio no ato. Maria Alice nada queria daquilo ali. Achava que se bastava, não tinha que por os joelhos na dor e falar com quem não via. E todos viam que ela era mesmo assim, -“esconder para que?” - dizia - “Os bestas aqui são vocês” - prosseguia. Os irmãos se olhavam e sem palavras se entendiam. Sabiam que a verdade se contava de outro modo. E “o besta”, não tinha jeito, era mesmo Maria e a pobre nem sabia.

Num dia certo Antônia e Alberto, Pais dos espertos, Maria, Antônio e João, anunciaram depois da parca refeição que iriam se mudar de Senador Lá Rock para Imperatriz ou Nova Iorque, municípios no Maranhão. “Aqui não ta dando mais, meus filhos o seu pai já não tem outra opção, vê vocês com fome e não ter o que fazer dói muito no coração. Eu e sua mãe conversamos e juntos chegamos a essa decisão. Tive oferta de trabalho nessas duas cidades e partiremos logo, devido às necessidades”

Foram para Imperatriz. Tudo que sempre quis, viu Alberto e pode morrer feliz. Todos os filhos formados dois contadores e um advogado. Os dois homens se casaram e Maria temia “ficar para titia”. A mãe dos três já era senhora idosa. Sonhava voltar para roça para passar em paz a velhice. Alice não concordava fazia birra e teimava, não queria ficar só. Só concordou com a mãe quando arrumou um namorado, que se dizia apaixonado.

E ficando Maria só, casou-se com Zé Bodó. Mas esse tal de Bodó sabia namorar... Sabia tanto que não conseguia parar, mesmo depois de casar. Um dia então a casa caiu, Maria descobriu!

Chorou-se para todo lado e o irmão advogado Maria foi procurar. “Que ele bebesse eu até tolerava, mas ser uma mulher enganada é de mais para mim”. Queria ela o divórcio. Amava. Mas aquilo ela não aceitava. Bodó não concordava. O perdão ele pedia, ela não cedia. Ele se sentia culpado, não devia ter namorado, amava Maria.

Eles estavam distantes, mas se pensavam a todo instante.

Os irmãos de Alice estavam preocupados. Não procuraram culpados. Pensavam em uma solução. Sendo de grupo de oração, ouviram o coração. Nele Deus dizia que tinha planos para Bodó e Maria. Na semana que chegava haveria um retiro espiritual... Mas os irmãos não se animaram. Já ira ser a décima vez que chamavam, seria natural outro “não”. “Retiro?!” –dizia a irmã- isso é coisa de gente mole, eu prefiro o fole da agitação”. Mas fazer o que? Na oração Deus dizia: chama Maria, chama Maria!

Maria queria “fugir” daquela cidade. O retiro era uma boa oportunidade. E assim ela aceitou, nem titubeou.

Chegou discretamente no salão, no meio de tanta gente Deus falava diretamente com ela. Foi indescritível o que aconteceu, Maria renasceu. Perdoou o seu marido e orando por ele Deus ouviu o seu pedido...

Na mesa de um bar Zé Bodó começou a chorar. Não sabia explicar porque nunca tinha chorado assim. Sem entender saiu dali voando e foi para casa soluçando. Sentou no sofá e se descontrolou novamente em pranto. “Ai meu Deus o que é isso?!” –gritou. Não ficou sem resposta. Ele caiu em repouso. Viu-se entrar num lugar maravilhoso. Sua alma se enchia de paz e gozo. Um anjo lhe pegou pela mão e mostrou sua mulher em oração. Em sua alma se abria uma nova ciência. Zé Bodó foi então, batizado no Espírito Santo de Deus. E lhe prestava reverência.

Tudo ficou em paz. Zé bodó não traiu mais, até parou de beber. Maria se animou e tiveram um bebê. Hoje vivem os três: Zé, Maria e Juquinha, em plena harmonia, paz e muita oração. Vão para a missa todo dia e ajudam muitos outros casais que vivem na mesma situação que um dia fez sofrer Maria. E lhes dão a mesma solução.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

TUDO PORQUE TE AMEI

O teu bem me fez mal
Teu sorriso chorou-me
Tua liberdade me prendeu
Tudo porque te amei
Por que me dei apressadamente
Por que você não estava comigo como dizia estar
Tudo porque não quis me impor a ti
O duro é que perder machuca, nos sofre
O duro é você dizer que não está pronta pra mim
É pior do que te ouvir dizer que eu nunca vou te merecer

O duro é que você não me disse logo que desistiu de mim
E a esperança me amoleceu peito. E eu abri os braços. E eu leve um tiro.

O que dói é ver nos seus olhos que você me deseja.
Mas eu não sou do tipo que te encosta na parede e impõe a nossa condição.
Eu sou do tipo que abre os braços para te receber, que canta pra você vir.
Sou do tipo que se declara em público, que dá a cara ao tapa e se sujeita.
E se a tua liberdade não te trouxer eu não te roubarei.
Eu sou do tipo que está aqui te esperando. Mas você precisa ter paciência comigo
Porque e não sou perfeito como você pensa.
Essa sua ilusão criou um fosso entre nós.
Eu não sou melhor que você, não sou mesmo.

Mas já que você acha que não me merece, provavelmente está certa.
E eu não te mereço.
Mas quem disse que era questão de mérito?
Eu queria apenas permanecer do seu lado.
Não pensei se estava pronto ou se você estava pronta.
Porque realmente não importava.
Só culpo você por seus preconceitos. Culpo-me apenas por meu silêncio.
Mas a nossa culpa é pó. Ela não importa.

Não sei apenas se ainda olharei você nos olhos. Esses olhos que tanto me fizeram bem.
Você, senhora, nem descobriu que eu amava te olhar de longe.
Que eu notei seu lindo jeito de tocar o queixo com o indicador.
Você não conheceu um porcento de mim. Por que teve raiva, pressa...
E só precisávamos de tempo.
Mas você estava confusa. Triste.
Você nem tentou me entender e acreditou que me conhecia.
Sim, você é muito inteligente. Mas desta vez você errou.

E eu sei que não compreendeu o meu sorriso, que não compreendeu a minha dor.
Mas você queria me abraçar e sabe que queria.
Você desejou ficar em meus braços para sempre e poderia ficar.
Se quisesse meus braços seriam o seu infinito.
Mas você teve medo.
Teve medo de eu não te amar.
Teve medo de eu te deixar e levar comigo o seu coração.
E por isso me disse não.

Agora é cada um para o seu lado.
Um lado errado, que machuca, mas que passa.
E porque sei que passa é que eu não choro. Que me seguro.
É por que sei que passa que viro a página.
Mas só é assim por que escolhemos.
E você sabe mais que eu que poderia ser diferente.
Mas você é inconstante e tem medo de perder.
E eu não soube me abrir logo, deixar tudo claro.

Mas somos adultos e iremos cada um para onde escolhermos.
Mas não se engane, e nunca mais pense que eu sou melhor que você.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ALEGORIA DA PONTE - escrito para o último dia do mandato goverdo Jackon

Deixa o meu velhinho Falar! Meu velhinho é duro! Meu velhinho é quem fez a ponte! Em meio a um rio de gente disputavam com os fogos e agitação do momento vozes que só queriam uma coisa: Jackson! Falou a Secretária de infraestrutura e desenvolvimento. Falou Sebastião Madeira (Prefeito de Imperatriz). Falou o vice-governador do estado do Maranhão, Pastor Porto. O som estava péssimo, abafado, atrapalhava mesmo. Mas os fiéis do Sr. Governador - fiéis mesmo!- suportaram o sol, o suor, o barulho e as palanquices, para celebrar o devotado Jackson. .
A ponte sobre o rio Tocantins é mesmo a ponte do Velhinho. É uma metáfora dele e da sua trajetória política atual. Primeiro que toda boa ponte é o melhor caminho de um ponto que se está a outro, que se quer chegar. E não foi esse o viés da campanha eleitoral “libertadora”? Não era para ser o bom velhinho a passagem do sarneismo oligárquico, para um estado livre, democrático? Ele foi eleito, inauguraram a ponte.

A Ponte que liga o Maranhão ao Tocantins foi inaugurada, sim. Mas foi uma festa anacrônica, as suas vias de acesso não estão prontas, dos dois lados os caminhos para ponte não podem ser festejados. E se por um lado as vias de cimento e asfalto ainda não podem ser aprovadas, pelo mesmo lado o acesso para a ponte da libertação do Estado do Maranhão não pode ser festejado, é viciado. Parafraseando Drumonnd: E agora Velhinho? O TSE reprovou. O TSE cassou. A ponte caiu. O velhinho dançou. E agora Velhinho?
Hoje é o último dia do mandato de Jackson Lago no governo do estado do Maranhão. A festa da ponte foi uma festa de despedida, entre eleito e eleitores. Festa de compadres. Não dá pra sair por baixo, sem dizer nada. Isso não! A festa da ponte é a festa da passagem do Governador , para o político cassado. Passagem da falsa libertação para a escravidão descarada. Da vida política para a vida aposentada. E mesmo com tantas passagens, as duas pontes têm em comum o fato de que por qualquer delas, pelo menos hoje, ainda não passa nada

DESTRUIÇÃO DE VITÓRIAS – sobre algo que chamo de elevação aparente

“Tal pessoa desagrada-me”-Porque?-“Não estou a sua altura”-Alguma vez alguém respondeu assim?
Friedich Nietzshe


Existem duas maneiras de se fazer notar, a autêntica, boa, e a corrompida, má. A primeira é quando por esforço próprio alguém vence seus pontos fracos, se desenvolve como pessoa e conquista vitórias. A segunda é quando o indivíduo não consegue alcançar aos seus objetivos e encontra em diminuir aos demais a única forma de parecer grande-e isso é a elevação aparente-. Desses, são exemplos típicos os invejosos críticos e difamadores.

Uma das formas de alguém aparecer falaciosamente é reclamar de tudo e encontrar defeito onde não tem. Isso porque quando alguém critica algo e diz que está errado pressupõe-se que este saiba como fazer melhor e, portanto seja melhor que o outro para desempenhar o ato. É essa a mensagem que ele quer passar mesmo que o autor do trabalho atacado esteja onde está por ser competente e mais merecedor do que o atacante.

Os que estão nesse estado de frustração em relação ao sucesso alheio costumam se valer da mentira. Através dela difamam a vida do outro em um esforço para sujar sua moral e o que mais puderem. Até que, enfim, possam se realizar com a sua queda onde finalmente poderão ser vistos ao exclamarem: “Eu falei que ele(a) não prestava, eu sabia que isso iria acontecer! Ele(a) não merece o que possui ... Viu?Se tivessem me ouvido ...Eu que deveria ter tido as chances que ele(a) teve.”.

Em ambas as situações a inveja está expressa. A vontade de ter o que é de outrem, unida a incapacidade de ação e dedicação para ter algo semelhante, dão origem a manifestação do segundo modo de evidenciar-se o qual é corrompido por nascerem de uma moral e de uma consciência corrompidas.

Alguém que age assim mente para si e acredita na mentira. De tal modo só pode mudar para a primeira postura aquele que se conscientiza de sua situação e opta pela outra, se dispondo a esforçar-se pelas coisas que deseja o que significa a reestruturação de valores e o abandono de uma postura comodista. Caso contrário continuará a ser um sabotador das vitórias alheias. Mas principalmente das suas.

DISCURSO SOBRE UM TIPO DE CHATO

Quem nunca conheceu um “chato”? A maioria das pessoas criticam e se incomodam com eles, muitas vezes os evitam. Esses, porém, tem um papel importante na sociedade.Tal figura contribui para o sucesso de muitas pessoas e quase sempre soma algo positivo na vida de muitas outras.

Essa contribuição aparece como forma reguladora de condutas as quais muitas tornam os indivíduos melhores.O personagem aqui mencionado encontra-se na figura dos educadores, que é claro não se limitam a professores.

Os bons professores freqüentemente “pegam no pé” de suas turmas. Exigem trabalhos bem feitos e pensados. Estão constantemente a cobrar dedicação e desenvolvimento. Essa postura incomoda muitos acomodados. Por esse motivo esses profissionais são muitas vezes alvos de críticas. Porém, sua conduta de educador conduz os alunos à competência. Isso por que os motiva à ações produtivas que devem se encaixar em um padrão de exigência. Deste modo, ainda que de contra-gosto, o educando interioriza um tipo de comportamento que o beneficia, pois a sociedade está em demasia competitiva onde para se ter sucesso de alguma forma é preciso estar bem preparado.

Pais quase sempre são chatos quando exigem que seus filhos comam a coisa certa, quando exigem que cheguem na hora estipulada ou que cuidem dos irmãos mais novos. Isso, porém, ensina os filhos a serem responsáveis e zelosos consigo e com os demais.Esses pais insistem em ver as lições, acompanhar as notas escolares e dar aos filhos o que eles precisam e seja importante, não o que as crianças supõem ser necessário. Pais chatos são firmes no propósito de educar seus filhos preparando-os para viverem.

É importante prestar atenção nos sinais que os “antipáticos” enviam. Isso porque eles podem estar querendo mostrar que precisamos aprender algo de importante.

O chato do cinema ou da sala de vídeo que fica insistindo para que faça silêncio quer lhe ensinar que é preciso respeitar o espaço das outras pessoas quando se está em grupo. Ainda que não esteja efetivamente preocupado em fazer com que você se torne uma pessoa melhor, ele está sendo importante para sua formação. E provavelmente lhe salve de grandes constrangimentos futuros, afinal você é o “sem noção” no momento. O chato incomoda porque não acomoda.

Essa figura ajuda e marca a vida de muitas pessoas apesar de não ter seu mérito reconhecido - Isso é chato! - e por esse motivo ensina algo. Pense nisso. As pessoas podem aprender com eles a manterem posicionamentos. E essa firmeza de propósitos gera resultados extraordinários no que diz respeito ao alcance de metas.

E ainda todas essas interferências de comportamento são visivelmente positivas. Ser paciente e solícito com essas pessoas não é uma questão de “agüentar generosamente”. É antes uma questão de ser justo e colocar as coisas nos seus devidos lugares.

VOCÊ ME FEZ CRER

Meu mundo se abriu pra você.
E você não exitou em entrar.
Parece que estava esperando
E já não podia esperar

Eu quis calma pra te conhecer
Mas você já parecia saber
Que nós éramos como almas gêmeas
cultivadas na mesma manhã
Eu fiquei desorientado
Mas você levou-me pelas mãos
E me deu toda a segurança
que para mim era necessário haver

É como se pra você não fizesse diferença ganhar ou perder
Ou como se só houvesse um final possível
Mas para mim as coisas não são bem assim
Só que você não se incomodou e me levou no seu furacão de encanto, paixão, e fé
Eu sei que você não poderia saber que daria certo
Mas é como se soubesse, eu juro, é como se soubesse.

E para mim a sua confiança, a sua ousadia, foi como uma profecia
E perder junto com você valeria mais que estar seguro só

Mas eu sei , que não era possível saber, e eu não iria
Mas você me fez crer, e me levou... E eu fui.

SUPERESTIMAÇÃO

As pessoas quando nos superestimam nos roubam o direito de sermos mais um. O prazer de conviver como alguém comum. Elas nos roubam a possibilidade do erro, porque se erramos nos punem com a decepção. Elas nos separam e nos fazem sofrer. Ninguém pode acolher alguém super estimado, ninguém pode se sentir bom o bastante para alguém assim. E é por isso que se sofre, pois ninguém é feliz só. Quando você é superestimado você não pode simplesmente fazer parte da vida das pessoas como as outras. Elas sempre te querem para algo especial, mas nem sempre você quer ser especial pra todo mundo, ser visto mais que os outros ou ocupar um lugar de honra. As vezes o que você quer e precisa para se sentir especial é apenas sentir-se amigo, saber que as pessoas contam com você para as coisas simples da vida, que pra elas você é importante como muitas outras pessoas são, e que com coisas pequenas você soma alga na vida das pessoas, coisas que outros poderiam fazer mas que se toram parte de nossa trajetória com sabor de saudades e que sejam espacias não por que você é melhor, mas por que você é querido.






Eu sou fraco, comum, mais um. E daí?
Eu sou de um jeito qualquer, nada de outro mundo, nada muito diferente
Eu sou gente como toda gente é gente
eu sou vulnerável, influenciável, e perecível como os outros
eu vejo de um ponto particular e só meu como todos vem de um ponto particular e só deles e nada pode provar que o meu é melhor
Eu sou mais um, como todos são
eu faço diferença, como todos fazem
Eu sou único, como todos são
Pra que ser especial, pra querer ser genial? Que necessidade é essa de ser mais!
eu sou pó. Pó. Pó. Como todos são pó. Pó . Pó.
eu e não quero ser igual. Mas não sou melhor, como ninguém é melhor
Sou simplesmente humano: carnal, espiritual, intelectual
Nem sou humano demais, nem sou de menos, apenas existo, como criatura , como me é possível existir.
Se me super estimam é porque todos querem um herói. Se me desprezam ou caluniam é que todos querem um vilão. Um mundo de quadrinhos....
Amo a Deus por muitas coisas, uma delas é que ele vê dignidade no meu pó, vê honra nos meus limites, Ele não me ama por quem acha eu sou mas por quem eu sou, por que ele não me superestima e nem me despreza, por que com ele não dá pra esconder nada, sou nu. Simplesmente eu.

O MUNDO PODE DAR CERTO

O mundo ainda pode dar certo. A fome que existe pode ter fim. As guerras podem sessar. As diferenças podem ser respeitadas. O justo é possível de existir. As pessoas ainda podem se olhar nos olhos. No tato ainda pode haver carinho. Na fala ainda é possível doçura. Na escuta ainda é possível atenção. No caráter ainda é possível firmeza. As boas escolhas ainda suportam constância. Ainda é possível viver sem passar por cima dos outros. É possível vencer deste modo.O perdão ainda é necessário e urgente. Os sonhos ainda são importantes.

A vida ainda é bela. Na multidão ainda da para encontrar sorrisos sinceros. Dentro de nós ainda existe algum respeito. Diante da perversidade ainda resta repulsa. Ao redor das frustrações há todas as outras possibilidades que ainda não tentamos, estão ali as infinitas coisas que podemos fazer, as incontáveis pessoas a conhecer, os diversos modos de ver que ainda não experimentamos. Ainda estão disponíveis os empreendimentos que não ousamos até agora. Ainda tem gente que pede licença, que diz por favor, que agradece. Ainda tem filhos que obedecem aos pais.

O amor ainda existe. Tem pessoas que cuidam das outras por que se preocupam. Tem gente que doa alimento por compaixão. Tem pais que deixam de viver pra fazer viverem os filhos. Tem gente que ensina e educa para ver a outra pessoa ir mais longe. Tem gente que raspa cabeça para entrar no tempo de quem está com câncer, fazendo quimioterapia, e mostrar que de algum modo está participando com a pessoa de tudo aquilo. Tem gente que chora quando outra pessoa fracassa, tem gente que ri de alegria quando as coisas dão certo para alguém. Há pessoas que simplesmente desejam que as outras estejam bem e até melhor do que elas mesmas.

Ainda é possível ser feliz no anonimato. Tem pessoas que se sentem satisfeitas que nós nunca vamos conhecer. Tem pessoas que conseguiram tudo que desejaram, que nós nuca saberemos quem são. Existem pessoas que tem paz de espírito, que tem ao seu lado um amor verdadeiro, que tem filhos adoráveis, que se sentem profundamente amadas, de quem nós jamais ouviremos ser pronunciado o nome. Pode-se encontrar verdadeiros heróis por aí, sem capas, sem máscaras, sem identidade secreta, que são mais um na multidão.

Ainda existe pureza. Tem gente que fala por falar, sem querer ofender. Há vezes em que não se pensou no segundo sentido que fez todos rirem, e quem nem ri, que só se toca depois que todo mundo riu. Tem pessoas que riem só porque gostam de rir, não estão te cantando. Existe gente que se importa, e se ofende, com palavrões, grosserias, vulgaridades. Tem gente que mesmo sendo pequena, faz pequenas coisas acreditando que por seus gestos as circunstâncias de algum modo vão melhorar. Gente que tenta sensibilizar as outras e fazê-las ver o melhor de si mesmas, por que acredita que o mundo pode dar certo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

SÓ RIR



Hoje quero dizer pra você que está triste: sorria!!!! Como rir se estou triste? Ria de estar triste, ora! Depois ria de rir da tristeza. E depois ria pra acompanhar o rizo do triste, pra que não fique só e deixe de rir. E depois ria por que já riem dois em você e, quado dois riem, nem se precisa saber porque pra rir, apenas se ri para estar junto. Então forme em você uma multidão que ri. Quem estiver sério dentro de ti ficará sem graça, e se rirá, por que de falta de graça também se ri. Que não fique ninguém triste! Que todos se arrisquem a só rir!