quarta-feira, 24 de junho de 2009

HUMANIDADE ABANDONADA

O homem se abandonou. A humanidade abandonou a si mesma. Hoje as pessoas estão lançadas à sorte dos sistemas. Elas sofrem severamente as conseqüências deste fato, corporificadas na sua destruição, moral, física e social. E esta condição deve levar o homem a níveis ainda mais degradados de sua humanidade.

Vê-se o abandono moral. Hoje não existe uma preocupação razoável das pessoas com a fidelidade aos seus valores. Passa-se por cima deles para satisfez interesses imediatos e mesquinhos. Mente-se, fura-se filas, dá-se “um jeitinho”, sempre inescrupuloso se isso significar tirar vantagem. E uma vez que acontece isso com quem teve um direcionamento ético, o que dizer de quem não o teve? O vício é normal. Assim, pelo exemplo, também as gerações vindouras tendem a uma realidade ainda pior, uma vez que o homem é um ser cultural, um produto do meio. Este é um dos frutos de um sistema que conduz o indivíduo a ao pensamento egoísta, o capitalismo, é a ‘lei do mais esperto’.

As pessoas não se alimentam bem, as refeições são ao estilo da pressa, reféns dos microondas, e das gorduras saturadas, para os pobres, da falta de higiene dos refeitórios a céu aberto. As noites enchem as camas de corpos estressados e sonos inquietos. As relações entre as pessoas se resumem a cumprimentos e prestações de contas. Essas e outras circunstâncias estão destruindo a saúde física, mental e emocional de seus atores. E quanto a isso é visto um recuamento à mínima postura reacionária a essas condições, que adoecem as pessoas. O homem se abandonou fisicamente.

A tempo das pessoas nutre o sistema e às adoece.
Esta doença é também social. Ela é claramente vista na inanição das crianças africanas, nos corpos mutilados, a preço de petróleo no Oriente Médio , nos pedintes, mendigos e moradores de rua de nossos bairros. Estas indesejáveis e desconfortáveis situações denunciam o a míngua da caridade, da fraternidade, a inoperância dos governos em políticas de fomento da equidade social. E neste sentido é como comunidade humana que, outra vez, o homem se colocou de lado.

Frente ao exposto é evidente que o sistema global de acumulo de capital, e sua intensificação, fazem surgir no mundo circunstâncias que submetem e denigrem as pessoas em relevantes aspectos de suas vidas. Igualmente, nota-se que a apatia destas frente à dinâmica global intensifica o seu fenecimento. Nestas circunstâncias deve o homem mudar a sua postura e buscar interferir no sistema econômico e político tornando-o mais útil ao bem de todos. Bem como ter mais zelo na manutenção do bem moral, físico e social.

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